segunda-feira, 30 de abril de 2012

Historia de Itapemirim ES Igreja Matriz D. Pedro II

A sede de Itapemirim não fica à beira-mar como a de Piúma, mas oferece um mergulho inesquecível para aqueles que querem ir além da cerveja e do peroá: um mergulho na história da colonização capixaba.
As atrações são tantas que vale a pena abrir mão de um dia de praia para conhecer o lugar. Só a centenária igreja matriz, fundada em 1853, já vale o passeio. Mas há ainda outra surpresa: dois óleos sobre tela com a imagem de D. Pedro II e de Dona Teresa Cristina. Os quadros foram comprados por Joaquim Marcelino da Silva Lima, o Barão de Itapemirim, e doados em setembro de 1860, à Câmara Municipal, marcando a inauguração da casa de leis e a passagem do imperador pela cidade. É um dos poucos quadros que retratam D. Pedro II ainda jovem, aos 30 anos.
Os quadros foram restaurados e estão expostos à apreciação pública no mesmo lugar onde sempre estiveram - o plenário da Câmara. A Câmara funciona no mesmo endereço, o primeiro pavimento do sobrado adquirido por 10 contos de dona Josefa Souto Belo. A única diferença é que em 1860 funcionava no térreo a cadeia e o quartel de polícia.
Quando D. Pedro II visitou Itapemirim, as ruas eram iluminadas com óleo de mamona. Havia na vila um porto para desembarque e dois hotéis - Gibóia e Garibaldi - e dois sobrados luxuosos: o de dona Josefa, onde passou a funcionar a Câmara, e o da família Brum, onde o imperador ficou hospedado.
O rio Itapemirim margeia a cidade e em sua foz, hoje município de Marataízes, estão os escombros do trapiche do outrora maior porto do Espírito Santo. Ali estão também as ruínas da estação de cargas da Leopoldina. O local foi inaugurado em 1930 e recebia toda carga destinada à exportação para o Rio de Janeiro. Hoje abriga restos de carros alegóricos de um bloco carnavalesco.
Pocuo acima de Itapemirim, às margens do rio, está a usina Paineiras, um marco histórico da industrialização capixaba. As instalações lembram o estilo vitoriano das antigas fábricas inglesas. Fundada em 1912 com recursos do Governo do Estado e privatizada em 1937, a usina funciona nas mesmas instalações erquidas há 94 anos e é também uma atração turística do município.
Fonte: Jornal A Tribuna.

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